segunda-feira, 28 de maio de 2012

Unesp cria primeiro mestrado em Educação Sexual do país

sex-educationA Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara passará a oferecer o primeiro mestrado em Educação Sexual do país. O programa, na modalidade mestrado profissional, foi aprovado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) em 30 de março e deve ser iniciado em março do próximo ano, com 20 vagas. 
Otima iniciativa! Parabéns Unesp!! 

Deputado: opção sexual é assunto da vida privada, não da escola


João Campos diz que o veto ao kit anti-homofobia foi uma conquista da sociedade brasileira. Foto: Saulo Cruz/Agência Câmara E você, o que pensa sobre isso?
 
João Campos diz que o veto ao kit anti-homofobia foi uma conquista da sociedade brasileira. Foto: Saulo Cruz/Agência Câmara

Líder da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados, João Campos (PSDB-GO) foi um dos articuladores da reunião com a equipe da presidente Dilma Rousseff que culminou com o cancelamento da distribuição do kit de combate à homofobia nas escolas públicas há um ano. Segundo o parlamentar, o veto de Dilma ao material foi uma conquista da bancada religiosa e da sociedade brasileira. "Essa questão de orientação sexual é algo que diz respeito à vida privada, não à escola. Quem faz a opção, a gente respeita, mas agora o poder público financiar um programa que vai estimular os adolescentes a serem homossexuais é errado", disse em entrevista ao Terra.

'Me sinto com a roupa do avesso', diz Carol Marra sobre sexualidade

Modelo transexual se emociona ao relembrar bullying na infância e planeja cirurgia de mudança de sexo: 'Falta isso para me sentir plena'.

Carol Marra (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)"Todo mundo esperava que meu final fosse uma esquina qualquer da vida. Provei que não", diz a transexual Carol Marra (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
 
Carol Marra precisou de 22 anos para se descobrir e assumir - sobretudo para seus pais - que é transexual. Hoje, aos 24, ela não precisa mais fazer do porta-malas de seu carro um camarim para sair vestida de mulher às escondidas, mas ainda trava uma batalha contra o espelho. "Me olho e me sinto com a roupa do avesso. Não gosto nem de tirar a calcinha, não me sinto a vontade", confessa a modelo, que ainda não fez a cirurgia de mudança de sexo por falta de tempo.

Um dos destaques da Fashion Rio Verão 2013 - semana de moda carioca que termina neste sábado, 26 - Carol Marra recebeu o EGO para um bate papo exclusivo, durante o qual se emocionou ao relembrar as dificuldades da infância e a luta pela superação de preconceitos.

 
Chamada de "mulherzinha" e de "bichinha" no colégio, Carol conta que não ia ao banheiro na hora do recreio porque temia ser agredida pelos meninos de sua turma. "Voltava do intervalo e pedia à professora para ir ao banheiro, mas ela não deixava. Muitas vezes fazia xixi na calça. Era 'bullying' total", relembra.
Se no colégio a sensação era de solidão, em casa a modelo contava com uma "companhia" especial: a de Xuxa. "Meu mundo era meu quarto. Me trancava, ligava a TV e descia da nave com ela.  A Xuxa dizia muito para a gente acreditar nos nossos sonhos, aquela história toda... Você não tem ideia do quanto ela foi importante para mim. Ela era minha amiga ali, no meu mundo", conta a modelo, sem conter as lágrimas.
"Na adolescência foi ainda mais complicado, porque eu conhecia outros garotos, que eram gays, mas não sentia atração por eles. Nunca fiquei nem com mulher. Se me virem grudada com alguma, separa que é briga (risos). Eu sentia atração pelos namorados das minhas amigas e aquilo era muito louco", relembra.
 

Amig@ artesanal


Criatividade!
Esta semana vamos brincar de Amig@ Artesanal...
É o momento de colocar as habilidades na mesa
e produzir um lindo presente para aquela pessoa especial.
Então, mãos a obra turma!
Vamos tod@s criar!!! 
 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

DIA D@S PEDAGOG@S

PARABENS PEDAGOG@S DO MUNDO!
POR UMA EDUCAÇÃO MAIS CRIATIVA E IGUALITÁRIA NO QUE TANGE QUESTOES DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA!


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Homens na Educaçao Infantil

Apenas 0,5% dos professores de educação infantil em BH são homens São 12 homens entre 2.247 mulheresl, e eles ainda têm de lutar contra o preconceito e as dificuldades de aceitação de pais e colegas

 (Maria Tereza Correia/EM)
Bendito é o fruto entre as mulheres, ou melhor, entre as professoras. Nas salas de aula da educação infantil, homens são minoria e destoam num universo tipicamente feminino. Entre os 2.259 funcionários da rede municipal de Belo Horizonte que lidam com crianças com menos de 6 anos de idade, eles são apenas 12, ou seja, 0,5%. Sandro Vinícius Sales dos Santos e Leandro de Jesus Gomes, ambos de 32 anos, fazem parte desse seleto time que não se intimida diante da tarefa de trocar fraldas, dar banho e mamadeira, ninar até o sono chegar, descer no escorregador durante as brincadeiras e ensinar as primeiras letras.

Com 125 quilos distribuídos em 1,84 metro de altura, barba por fazer e “cara de bravo” – como ele mesmo se define –, Sandro abre um sorriso carinhoso sempre que entra no berçário da Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Jatobá IV, na Região do Barreiro, onde trabalha com crianças com menos de 3 anos. Basta colocar os pés na salinha de repouso, espaço reservado para o sono de oito meninos e meninas, para que ele fareje algo estranho no ar: “Tem alguém de cocô aí”. É hora de tirar o bebê do colchonete, levá-lo para o berço e, com a destreza de quem tem experiência de sobra no assunto, limpá-lo com um lenço umedecido e colocar uma fralda novinha em folha.

“Sou pai, sempre cuidei da minha filha e me preocupo com a educação dela. Percebo que é difícil romper a barreira do senso comum de que cuidar de criança é tarefa feminina. As pessoas tendem a aceitar melhor a presença do homem na educação física e em atividades de apoio, mas ainda há preconceito quando se trata de dar banho, trocar fralda e alimentar os alunos. Passei num concurso público e, mesmo assim, tive que provar minha capacidade para exercer a profissão. Também vivi uma vigilância velada dos pais e dos colegas de trabalho e tive minha sexualidade colocada em xeque”, conta Sandro, hoje no segundo casamento e pai de uma menina de 10 anos.

Experiências como a de Sandro motivaram uma dissertação no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC Minas para responder uma pergunta básica: há lugar para o homem na educação infantil? Durante mais de dois anos, o pesquisador Joaquim Ramos entrevistou 47 pessoas e fez uma radiografia desse setor de ensino dentro nas instituições municipais de Belo Horizonte. A conclusão é de que, apesar da abertura do mercado para professores do sexo masculino na última década e de uma tênue mudança cultural para aceitação desses profissionais, tabus e preconceitos ainda são realidade nas salas de aula.

MUDANÇAS

Segundo Joaquim Ramos, a entrada dos homens na educação infantil ganhou força a partir de 2004, com a realização de concursos públicos na capital para preencher vagas em Umeis e em escolas municipais de nível fundamental com turmas infantis. Mas o início das mudanças remete à Constituição federal de 1988 e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. “Essas legislações definiram de forma clara a responsabilidade do Estado com a educação infantil, o que tem pressionado o poder público a ampliar o atendimento e a fazer concursos públicos. Por meio dos concursos, os professores homens têm ocupado, legitimamente, os cargos de docentes”, explica.

No entanto, Joaquim ressalta que, no Brasil o cuidado e a educação de crianças pequenas em creches e escolas costuma ocorrer, culturalmente, como uma extensão do ambiente doméstico, marcado pela lógica da relação de mãe e filho. Por isso, é comum os homens assumirem o papel de educador infantil na rede pública de BH e encontrarem resistência por parte de colegas de trabalho, da direção da instituição e também das famílias das crianças, que demonstram estranhamento à presença masculina em espaços até então com predominância de mulheres.

Segundo a professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC Minas e orientadora da pesquisa, Maria do Carmo Xavier, essa resistência cultural faz com que os homens passem por um “período comprobatório” nas Umeis. “Há um julgamento moral do comportamento do professor, que aparece como uma ameaça às crianças na concepção da sexualidade. Ele esbarra com questões de pedofilia, abuso sexual, homossexualidade e tem de provar ser uma pessoa íntegra e idônea. Num período comprobatório, ele precisa desarmar o grupo em relação aos estereótipos do feminino e do masculino para ser incorporado”, avalia a especialista.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Grande Muralha da Vagina

O polêmico artista Jamie McCartney nos apresenta 400 moldes de genitálias femininas dispostas em dez painés que totalizam nove metros de comprimento. O trabalho não é apenas uma curiosidade provocadora e controversa, mas um chamado para importantes questões socioculturais envolvendo o corpo feminino.

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O escultor britânico, que vive e trabalha em Brighton, se graduou em 1991 na Hartford Art School, nos Estados Unidos. Você provavelmente já teve a oportunidade de ver a arte de Jamie McCartney em alguns filmes, como O Guia do Mochileiro das Galáxias e Cassino Royale, onde ele trabalhou com escultura e efeitos especiais. Mas foi com a exposição The Great Wall of Vagina, ou A Grande Muralha da Vagina, que Jamie ficou realmente conhecido pelo mundo, atraindo a atenção do público e da mídia antes mesmo de o trabalho ter sido concluído. 
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A diversidade dos moldes expostos é extensa. Quatrocentas genitálias femininas. Quatrocentas diferentes mulheres, de diferentes países, dos 18 aos 76 anos de idade. Mães e filhas, gêmeas idênticas, transgêneros homens e mulheres, mulheres em períodos pré e pós-natal e pré e pós-labioplastia.
“Para muitas mulheres a aparência da genitália é uma fonte de ansiedade e preocupação e eu estava numa posição única para fazer algo em relação a isso”, diz o artista.
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© "A Grande Muralha da Vagina", de Jamie McCartney.

E esse é o principal questionamento levantado pela obra de Jamie, que nos faz repensar os preconceitos acerca do corpo feminino e desmistificá-los. A sexualidade da mulher, vítima histórica de repreensão, demonização e censura, é exposta a nu através de uma honesta retratação natural, sem maquiagens plásticas de perfeições imaginárias.
A atual pornografia tradicional (aquela que difere da pornografia alternativa, responsável por mostrar atrizes fora do padrão de beleza estabelecido pela mídia), pode ser considerada, em grande parte, culpada por criar nas mulheres a ilusão de que existe um modelo de genitália correto, saudável e atraente. Um comentário interessante do terapeuta e sociólogo Dr. Marty Klein em uma resenha do livro Vulva 101, uma obra fotográfica de Hylton Coxwell com uma proposta semelhante à de Jamie McCartney, diz que essa pornografia está sutilmente treinando homens para desejarem garotas pré-púberes. Ainda sobre o livro, ele diz: “Entre essas dezenas de vulvas, ninguém seria capaz de dizer que há uma única garotinha entre elas”. Acredito que o mesmo possa ser dito sobre o trabalho escultural de Jamie.
A labioplastia, também chamada de ninfoplastia, é um processo cirúrgico onde é cortado o excesso de pele nos lábios vaginais. O número de realizações desse processo tem crescido cada vez mais. Não por motivos médicos, mas por motivos estéticos. As mulheres estão insatisfeitas com a aparência de suas genitálias ou acham que há algo de errado com elas quando não possuem lábios curtos.

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LEIA MAIS: http://obviousmag.org/archives/2012/04/a_grande_muralha_da_vagina.html
Agradecimento a Andressa Proença pelo envio da matéria.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mãe é julgada por fazer bronzeamento 
artificial em criança de 6 anos.
Até onde vão os limites com a estética do corpo infantil?